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Max entrando na linha. |
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Max na travessia. |
Com as conquistas das vias da Falésia da Cachoeira do Onça praticamente concluídas, resolvemos comemorar o fato convidando a todos os escaladores e amigos a participarem do festival que faremos nos dias 28 e 29 de Setembro, para que todos conheçam mais este paraíso natural com vias de escaladas, cachoeiras e, agora, highline.
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Luís Flávio e Takishita preparando as ancoragens. |
Em preparação para a festa a equipe da Cadena Escalada convidou nosso amigo Luiz Milan Lasanha, escalador de Taubaté, para que dividisse conosco a experiência de montar essa que é a primeira highline de todo o Vale do Paraíba.
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Max. |
Desde meus primeiros passos na slack comecei a olhar para a cachoeira com outros olhos, imaginando o que, até então, parecia inviável mas que já despertava alguns flashs em nossas mentes adrenalizadas vislumbrando um projeto diferente, uma HIGHLINE. Bastou concluirmos os trabalhos das conquistas das vias e sobrou um tempinho para dedicar à nova engenhosidade, ainda mais com a empolgação do nosso amigo Lasanha que sequer titubeou ao ser convidado.
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Lasanha ao lado da queda, onde inicia a travessia. |
Durante a semana preparamos todo o material necessário (e o psico também) e separamos o último fim de semana (dias 31/08 e 01/09) para trabalhar nisso. Para nossa alegria eis que surgiram mais três voluntários: o Takishita ( um dos primeiros escaladores da região), Max (escalador de Taubaté) e o Rafael Luperni (Perna), sem cujas ajudas seria muito difícil.
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Luís Flávio sendo ejetado. |
Em loco, começamos a analisar as possibilidades: de onde pra onde, ancoragens, distância, onde nossa fita de 30 metros conseguiria atravessar, etc. Alguns minutos de análises e logo resolvemos atacar na linha mais perfeita imaginada, saindo bem ao lado da queda d´água e atravessando exatamente pelo diâmetro do poço da cachoeira, só tínhamos dúvida se o comprimento da fita seria suficiente. Localizamos as ancoragens: no lado da queda, duas chapeletas com argolas, bombas. Do outro lado do poço, três árvores sólidas como concreto.
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Max tentando estabilizar. |
Enquanto Lasanha montou um rapel nessas árvores e desceu em direção à água limpando alguns galhos do caminho onde passaria a fita, Takishita e Eu fomos para o outro lado. Preparei a base nas chapas e lancei para baixo, corda backup e fita, chegando nas mãos do Perna que encarou a água gelada para fazer o serviço.
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Lasanha mandando muito. |
O momento mais empolgante foi quando vimos que a fita alcançou, quase com precisão, toda a travessia que planejamos, não sobrou mais que um metro. Incrível. Daí, foi só preparar a redução e fazer força. Muita força. Esticamos em cinco puxando a corda e, mesmo assim, tivemos a certeza de que temos que esticar mais. Fiz a travessia no "baldinho" para prender a corda backup na fita e tudo estava pronto. Após uma pausa para recuperar as energias e fazer um rango, pois já passava das 13h00, não aguentei a ansiedade e fui o primeiro.
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Lasanha voando de ponta cabeça. |
Mesmo tendo uma certa habilidade na slackline, percebi que aquilo ali seria bastante diferente, ao olhar pra frente, devido a altura, mal se enxerga a fita, fininha, que parece não acabar nunca. Ao entrar, mal ficava em pé, dava um ou dois passos e era ejetado.
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Luís Flávio (sentado) e Lasanha registrando tudo com a GoPro na cabeça. |
Na sequência, todos encararam. Lasanha, foi o que teve mais sucesso, chegando a estabilizar por alguns momentos, mas voou bastante também. Takishita, parecia que estava em um trapézio de circo, com suas recuperações malabarísticas. Carlinha foi a primeira mulher a encarar. Max também experimentou o poder de arremesso da fita.
Todos ficamos muito felizes com o sucesso do projeto que superou todas as nossas melhores expectativas. Faltou apenas a cadena, quem sabe no festival...
LUÍS FLÁVIO OLIVEIRA