Vista do Marins (esquerda) e Itaguaré (direita) de Guaratinguetá. |
Da esquerda para direita: Luís Flávio, Lílian, Alexandre, Marcelo(em pé), Raquel, Carlão(em pé) e Rodrigo. |
Dessa vez, fomos Lílian (minha mulher) e Eu com o objetivo de atingir o cume do Marins (2.421m) no sábado dia 13/07 e acampar, para descermos no domingo. A novidade, pelo menos pra mim, era a estréia de uma tão sonhada mochila, uma Deuter aircontact PRO 60 + 15 que eu já namorava fazia tempo, fiz questão de subir pesado para testar a bichinha, que, é claro, confirmou todas as melhores expectativas já famosas mundo afora.
Saímos de Guará pelas 8:00h, não nos preocupamos em sair mais cedo já que iríamos acampar, e chegamos no Miltão às 10:30h, onde conhecemos mais duas turmas, total de 5 pessoas, todas calouras na expedição: Alexandre e Carlão de São Paulo e Raquel, Rodrigo e Marcelo de Poços de Caldas-MG que logo se juntaram à nós.
Luís Flávio entre os segundo e terceiro maciços. |
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Vista do Itaguaré antes da última subida. |
Bem, após um lanche, encaramos o segundo maciço, mais curto e mais íngreme que o primeiro, mas ninguém ainda dava sinal de cansaço. Entre o segundo e o terceiro maciços, no charco, outro susto: olhamos para trás e, quem estava lá?? Novamente o homem dos sacos, que nunca se aproximava da gente, mantinha uns 20 metros de distância. Se parássemos, ele parava também. Daí pra frente, tomei uma decisão errada e fui muito para a esquerda, desviando da lama e do caminho também, levando o grupo para um esforço extra, fora do previsto, o que nos atrasou um pouco. Voltando ao curso correto, tratamos de apressar o passo e logo vencemos a última etapa, já sentindo o frio que nos seria reservado durante a madrugada.
Pôr do sol no pico. |
Cidade de Cruzeiro ao fundo. |
O Pico estava cheio, pelo menos umas 15 barracas mas ainda assim conseguimos montar as nossas em bons lugares abrigados do vento que estava violento, cerca de 50km/h, o que foi crucial. Um pouco desanimados pelo céu fechado, fomos para as barracas fazer um rango. E, antes de dormir, resolvemos sair para bater um papo com o pessoal. Ainda bem que o fizemos, pois as nuvens tinham-se ido e o que vimos foi uma chuva de estrelas cadentes, além das cidades lá no vale, desde São José dos Campos até Queluz, espetáculo. Mas o frio apertou, o vinho acabou e fomos obrigados a nos recolher, devia fazer uns 5 ºC mas com o vento à 50km/h, a sensação térmica foi de -10 ºC.
De manhã, tudo branco, não se via mais que 10metros à frente e o vento assoviava. Nada daquele belo nascer do sol de fotos eternas.
Uma primeira turma se arrumou e saiu para a descida. Não deu 10 minutos e voltaram dizendo que não acharam o caminho, motivos óbvios. Após tomar um café, começamos a nos arrumar e partimos também, formando um bloco de umas 20 pessoas.
LUÍS FLÁVIO OLIVEIRA