quarta-feira, 16 de outubro de 2013

I FESTIVAL DE ESCALADA DA CACHOEIRA DO ONÇA.



Du arrebentando na high.  Foto: Dêêh Lancaster.
Guilherme Silvano no first ascent da Martelo de Thor.
Cláudio Medeiros na Só Viagem.
       

























 















Aconteceu neste 28 e 29 de setembro o I Festival de escalada e Highline da Cachoeira do Onça, no Gomeral em Guaratinguetá, realizado pela Cadena Escalada.
          O intuito do evento era divulgar o novo point de escalada que fica às margens dessa belíssima cachoeira e também a primeira Highline do Vale do Paraíba que atravessa por cima desta, a 25 metros de altura.
Luís Flávio na Highline.  Foto: Erasmo Ballot.
          Muita gente compareceu entre escaladores, slackliners, trickliners, highliners e pessoas que nunca praticaram nenhuma dessas modalidades e que ficaram sabendo do evento e foram prestigiar e conhecer. Guaratinguetá, São José dos Campos, São Paulo, Paraibuna, Taubaté, Caçapava, Pindamonhangaba, Lorena, Aparecida, Cachoeira Paulista, Indaiatuba foram algumas das cidades que foram representadas   além de alguns estrangeiros da França e Espanha.

 


    A Highline, foi um show a parte. Muita gente se concentrou lá embaixo, de camarote, pra ficar torcendo pelos poucos corajosos que resolveram encarar o desafio, só não se sabe ao certo se torciam para que completassem a travessia ou para caírem em voos assustadores.  Na montagem, Luís Flávio Oliveira, Inácio Bianchi, Cláudio Medeiros e Luiz Milan Lasanha arquitetaram um sistema de ancoragens e procedimentos que ficou perfeito, aprovadíssimo e super profissional, ficando até bonito de se ver e aumentando a vontade de encarar e a sensação de segurança. A linha possui 30 metros de comprimento por 25 de altura e sai ao lado da queda d´água atravessando por completo o poço da cachoeira até chegar do outro lado, onde há uma trilha e algumas árvores onde foi feita a outra ancoragem. O trajeto é perfeito pois, desde o primeiro passo, de qualquer um dos lados, não há possibilidade de o highliner, ao cair, bater em algo pois já se está no vazio, sem nada embaixo a menos de 25 metros. O visual é alucinante, tanto para quem está na fita quanto para quem está assistindo, seja de cima, ao lado do início da travessia ou lá embaixo, ao lado do lago da cachoeira.
Lazanha na High.  Foto: Dêêh Lancaster.

Camarote para assistir a highline. Foto: Dêêh Lancaster.

Foto: Dêêh Lancaster.









   Luiz Milan Lasanha, de Taubaté e um dos idealizadores do projeto, quebrou logo o gelo e não perdeu tempo fazendo suas tentativas e tomando boas vacas tranquilizando qualquer um que, mesmo sabendo da qualidade dos equipamentos utilizados, tinha alguma dúvida a respeito das quedas. E assim seguiu: Márcio da Keep Balance, Luís Flávio da Cadena Escalada, Max Rodrigo(Taubaté), Robson Corrêa(Taubaté), Carla (Pindamonhangaba), Larissa (Paraibuna), Fernando Miyazawa (Taubaté) foram os que mais tentaram, porém sem conseguir completar propiciando voos cinematográficos.









Du na primeira cadena da Highline.  Foto: Erasmo Ballot.


























No domingo, eis que apareceu Carlos Eduardo (Du) de São Bento do Sapucaí, e um dos idealizadores da primeira highline da Serra da Mantiqueira realizada na Pedra do Baú, para nos dar uma aula de highline. O cara simplesmente esculachou. De frente, de costas, de todos os jeitos, perdemos a conta de quantas vezes ele atravessou e na maior humildade, nos deu muitos betas valiosos.
   
Sistema de redução da Highline.  Foto: Erasmo Ballot.























Ancoragem da Highline. Foto: Dêêh Lancaster.




Márcio Piccinato na concentração.  













Este é apenas um de aproximadamente 5 locais que podem ser transformados em points de escalada em Guaratinguetá.
        Após uma visita em dezembro de 2012, vislumbramos neste local uma ótima chance de começar a atrair para o Gomeral, a atividade de turismo de escalada devido ao grande potencial natural ali existente. Pedimos permissão ao dono das terras que concedera-nos viabilizando o início do projeto.
Sr. Tiaozão, proprietário das terras de olho na Highline. Foto: Dêêh Lancaster.
        Assim, em um intervalo de aproximadamente 6 meses foram abertas 20 vias no local culminando neste festival nesse novo point.
        A outra atração local, o conjunto de maravilhosas quedas d'água, não atraiu muitos adeptos, pois sendo final de inverno, a água estava bem fria, algo que não ocorrerá no verão.
     










  Não contamos exatamente o número de pessoas presentes, mas estimamos que cerca de 60 lá estiveram durante o evento, uma quantidade que muito nos agradou e gerou um bom retorno para o proprietário do local, além de gerar alguma receita para os proprietários do Restaurante Gomeral e também para alguns campings e pousadas ao redor.
          Esta é a ideia. Fazer com que o fluxo de turismo da escalada gere uma renda para a comunidade local de modo que esta nos permita a conquistar mais picos na região, pelo menos os outros 4 que mapeamos.
          Durante a noite do sábado houve uma forte chuva, a ponto de desanimar a galera, pois pensavam que no outro dia estariam as rochas todas molhadas. Não se trata de otimismo exagerado mas falei a todos que a vegetação local seguraria toda a água e que as rochas no outro dia estariam pouco molhadas.
Márcio Rosa .   Foto: Erasmo Ballot
         No domingo cedo ficamos muito felizes ao perceber que a minha previsão ainda era pessimista, pois não havia sequer um centímetro quadrado de rocha molhada, todas as vias estavam secas e a escalada rolou solta, assim como a highline.

        O evento foi um sucesso e esperamos que sua repercussão abra as portas para conquistarmos os outros points. Para isso, contamos com a colaboração da comunidade escaladora em cumprir as regras locais, disponíveis no link onde podem ser encontrados os croquis das vias e o mapa de acesso.

www.cadenaescalada.com

Texto: Inácio Bianchi / Luís Flávio Oliveira.





























Acampamento da Cachoeira do Onça.  Foto: Dêêh Lancaster.


Foto: Luiz Milan Lasanha.
          

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