quinta-feira, 30 de maio de 2013

CADENA EM MACHU PICCHU

No último mês de maio, Cláudio Medeiros encarou a travessia entre Salkantay e Machu Picchu, no Peru, e nos trouxe uma boa história. Confiram.

         Após acertar tudo na agencia no dia anterior e arrumar a mochila, um guia me encontrou no hostel, em Cusco, as 04:30h da manhã conforme combinado. Me juntei a outras pessoas do mesmo grupo e fomos em direção à praça onde nosso ônibus estava nos esperando. Partimos em direção ao Distrito de Mollepata.
          Esse trecho da viagem segue por uma estrada sinuosa e dura em média umas 2:40h. Ao chegar tomamos um café da manhã (não incluso, mas custa cerca de 10 soles) e entreguei uma mochila menor (com no máximo 5kg) para ser carregada no caminhão no primeiro dia e pelos cavalos no segundo dia.
          A travessia, de fato, começa aí, em Mollepata que fica a 2900m acima do nível do mar, não parece tanto mas, não se engane, a altitude faz diferença para caminhar. Vale lembrar que vamos subir até 3900m no primeiro dia e andar uma distância de aproximadamente 19km.

          De Mollepata até nosso primeiro camping em Soraypampa seguimos andando por uma estrada de terra onde os primeiros quilômetros não são muito interessantes, mas aos poucos começamos a ver as montanhas nevadas ao fundo, bem na nossa proa e é aí que a coisa começa a ficar mais interessante.
      A medida que chegávamos mais próximos a Soraypampa a temperatura caia bastante e já no final do dia foi preciso colocar um fleece e anorak para terminar a caminhada.
         





       Pra mim o segundo dia de caminhada foi o mais difícil, pois saímos de Soraypampa(3900m) e caminhamos até a base de Salkantay (4650m) e, após um descanso, descemos até nosso próximo camping em Chaullay (2900m). A subida do segundo dia é bem dura e algumas pessoas que tiveram dificuldade no primeiro optaram por subir a cavalo até Salkantay (pagando cerca de 100 soles). Ao todo no segundo dia percorremos cerca de 21km. 
       A descida de Salkantay é bem tranqüila, uma trilha larga e cheia de pedras que vai descendo o vale até começar a entrar em uma floresta tropical, muito parecida com a nossa Mantiqueira.
             O segundo dia  termina em Sahuayacu Playa, onde após almoçarmos, pegamos uma Van e seguimos em direção a Santa Teresa, chegando na área de camping. Deixamos nossas coisas, pegamos roupa de banho e partimos para as águas termais de lá. Este passeio não esta incluso no pacote, mas vale muito apena pois a van de ida e volta custa 10 soles e a entrada no local, 5 soles. O lugar é limpo e bem organizado, com piscinas quentes de águas cristalinas.
         No terceiro dia de caminhada é oferecida uma tirolesa que também é opcional, e é feita de manhã, existindo a possibilidade de não fazê-la e ir a pé até a hidrelétrica e de lá até Aguas Calientes. Meu guia me falou que não valia a pena ir de Santa Teresa até a Hidrelétrica a pé, pois a caminhada era por uma estrada de terra empoeirada onde passavam muitos veículos e havia pouca coisa interessante para ver. Sendo assim aceitei a dica e fui de van até a Hidrelétrica.
       Realmente o guia tinha razão. Almoçamos e depois seguimos em direção  à  Aguas Calientes, cerca de 11km tangenciando  a linha do trem.  Neste dia você tem que carregar todas as suas coisas, não existem mais carregadores para levar aqueles 5kg que estavam na outra mochila então, peguei tudo, coloquei tudo na cargueira e parti em direção à Aguas Calientes, cujo caminho é bem bonito e vale muito a pena.  
       Na noite do quarto dia já em Aguas Calientes fomos acomodados no hotel e depois de um bom banho jantamos e recebemos as orientações para o dia seguinte onde, finalmente, conheceríamos MachuPicchu. Na manhã do quinto dia acordei as 4h da manhã, começamos a caminhar as 4:15h em direção ao primeiro portão que dá acesso a trilha Inca para quem quer subir a pé. O portão abre as 5h e a subida leva cerca de 1h. Chegando em Machupicchu encontramos nosso guia que nos acompanhou por um tour de 3h e depois disso ficamos livres para andar por onde quiséssemos  e aproveitar o dia.
         



No final do dia retornei ao Hotel, peguei minha mochila e fui para estação de trem com destino a Ollantaytambo onde havia  uma van esperando para nos levar de volta até Cusco.

                                                           CLÁUDIO MEDEIROS

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